Arquivo da categoria: disco da semana

>Disco da semana – Final

>

Alguns de vocês devem ter notado que semana passada não foi publicado o post “Disco da Semana”. E não será também esta semana, nem nas próximas.
O post surgiu com um intuito. Foi modificado uma vez, acrescentando vídeos com as canções que faziam parte do disco em questão. Por conta de regras do youtube, vários destes vídeos acabaram se som. O post seguiu, modificado mais uma vez.
Entendemos que a idéia original foi cumprida. Levar uma pessoa que fosse a retomar o hábito de ouvir um disco na íntegra, e não somente as faixas que tocam nas rádios e tvs.
Em substituição ao “Disco da semana”, passaremos a apresentar o post “Músicas da semana”. Um seleção de 5 músicas, não necessariamente relacionadas”, já em um player, para que o leitor possa ouví-las diretamente no Peramblogando. Algumas pequenas informações sobre a música, banda e etc acompanharão o post.
Vamos ver o que acontece com esta nova proposta!

>Disco da semana – Freak Show

>“Freak Show” (1997) – Silverchair



Faixas:
1.”Slave”
2.”Freak”
3.”Abuse Me”
4.”Lie to Me”
5.”No Association”
6.”Cemetery”
7.”The Door”
8.”Pop Song for Us Rejects”
9.”Learn to Hate”
10″Petrol & Chlorine”
11.”Roses”
12.”Nobody Came”
13.”The Closing”
Em 1997 o Silverchair lançava seu segundo álbum, “Freak Show”. Na época a banda era formada por Daniel Johns (guitarra e vocais), Ben Gillies (bateria) e Chris Joannou (baixo).
O álbum ainda traz os ecos do movimento grunge. Algumas músicas ora lembram o Nirvana, outras o Alice in Chains e por aí vai. Entretanto, tal fato não desqualifica o trabalho. Ao contrário, ressalta a qualidade do material produzido por músicos tão jovens (todos na casa dos 18 anos).
Sem dúvida o grande destaque do álbum é a faixa 2, “Freak”. Executada continuamente tanto nas rádios quanto na MTV, ajudou a promover o álbum e o próprio Silverchair. Mas o álbum não se limita a “Freak”. Vale destacar também a faixa subsequente, “Abuse Me”.
Outra parte de grande efeito do álbum é a tríade “Cemetery”, “The Door” e “Pop Song for Us Rejects”, respectivamente faixas 6, 7 e 8. As demais canções ajudam a compor a atmosfera do álbum.
Um disco interessante de se ouvir, sobretudo se você conhece apenas o Silverchair pós “Neon Ballroom”. Se for este o caso, com certeza se surpreenderá com “Freak Show”.

>Disco da semana – Veneno Antimonotonia

>“Veneno Antimonotonia” (1997) – Cássia Eller


Faixas:
1.”Brasil”
2.”Blues Da Piedade”
3.”Obrigado (Por Ter Se Mandado)”
4.”Menina Mimada”
5.”Todo Amor Que Houver Nessa Vida”
6.”Billy Negão”
7.”Bete Balanço”
8.”A Orelha De Eurídice”
9.”Só As Mães São Felizes”
10.”Ponto Fraco”
11.”Por Que A Gente É Assim?”
12.”Preciso Dizer Que Te Amo”
13.”Mal Nenhum”
14.”Pro Dia Nascer Feliz”
Some um grande compositor com uma brilhante intérprete. O resultado é “Veneno Antimonotonia”, álbum de Cássia Eller lançado em 1997 contemplando apenas composições de Cazuza.
Quatorze músicas que misturam grandes sucessos e canções menos conhecidas deste compositor que marcou a música brasileira. Cássia mostra o talento de sempre ao passear por canções tão diversas. É perfeita tanto em “Blues da Piedade” como em “Por Que a Gente é Assim?”.
Um álbum fascinante. Para aqueles que conheceram o trabalho de Cássia apenas a partir de seu Acústico, ou aqueles que só se lembram de Malandragem, “Veneno Antimonotonia” pode ser um grande achado.

>Disco da semana – Pearl

>“Pearl” (1971) – Janis Joplin and The Full Tilt Boogie Band


Faixas:
1.”Move Over”
2.”Cry Baby”
3.”A Woman Left Lonely”
4.”Half Moon”
5.”Buried Alive in the Blues”
6.”My Baby”
7.”Me and Bobby McGee”
8.”Mercedes Benz”
9.”Trust Me”
10.”Get It While You Can”
Quando fui escolher o álbum para esta semana, decidi inicialmente que seria algum trabalho de Janis Joplin. Difícil foi escolher qual de seus álbuns. Apesar dos bons discos lançados com a Big Brother and the Holding Company e a Kozmic Blues Band, optei por “Pearl”, lançado em 1971, tendo Janis em parceria com a The Full Tilt Boogie Band.
Último disco de Janis, “Pearl” traz uma bela coleção de canções. “Move Over”, que abre o disco, é uma composição da própria cantora. Um belo começo de álbum. Em seguida outra canção que fez bastante sucesso: “Cry Baby”.
“Me and Bobby McGee”, de Kris Kristofferson, e “Mercedez Benz, novamente de Joplin com outros parceiros, também tiveram grande sucesso como singles e tornaram-se marcas de sua carreira.
O disco ainda traz um camposição de Bobby Womack, “Trust Me”, e outras cinco canções de compositores diversos. Destaque para “Buried Alive in the Blues”, única faixa do álbum que não conta com a voz de Janis. Os instrumentos foram todos gravados mas antes que Janis colocasse sua voz, a mesma acabou falecendo.
Uma versão remasterizada do disco foi lançada em cd no ano de 1999, trazendo ainda versões ao vivo de “Tell Mama”, “Little Girl Blue”, “Try (Just a Little Bit Harder)” e “Cry Baby”. Pura estratégia comercial. O álbum como foi concebido é o descrito acima.
Janis Joplin é daquele tipo de artista que não promove opiniões meio-termo. Ou gosta ou não. Dona de um estilo bastante particular, muitos consideram sua voz e jeito de cantar um verdadeiro tormento. Outros tantos a consideram uma das grandes intérpretes que o rock já teve. Ouça o álbum e tire suas própria conclusões!

>Disco da semana – Os Afro-sambas

>“Os Afro-sambas” (1966) – Baden Powell e Vinícius de Moraes


Faixas:
1.”Canto de Ossanha”
2.”Canto de Xangô”
3.”Bocoché”
4.”Canto de Iemanjá”
5.”Tempo de Amor”
6.”Canto do Caboclo Pedra-Preta”
7.”Tristeza e solidão”
8.”Lamento de Exu”
Em 1966 Baden Powell e Vinícius de Moraes produziram um álbum sublime: “Os Afro-sambas”. O título já denuncia o que se encontraria naquelas 8 músicas. A brilhante idéia de ter elementos da música africana combinados com o samba.
O álbum foi o primeiro trabalho em que se misturam instrumentos típicos do candomblé, atabaques, bongô, agogô e afoxé com outros da música tradicional como flauta, violão, sax, bateria e contrabaixo.
Difícil falar de faixa por faixa. Todas são excelentes. A mais famosa é logo a primeira, “Canto de Ossanha”, mas de forma alguma as demais devem ser desprezadas. Todas contam com grandes letras de Vinícius e inspiradas melodias de Baden.
Um disco que não envelhece. Que deve ser ouvido muitas e muitas vezes até que se descubra todas as nuances nele presentes.

>Disco da semana – Moving Pictures

>“Moving Pictures” (1981) – Rush


Faixas:
1.”Tom Sawyer”
2.”Red Barchetta”
3.”YYZ”
4.”Limelight”
5.”The Camera Eye”
6.”Witch Hunt”
7.”Vital Signs”
“Moving Pictures” é o oitavo álbum da banda Rush, lançado em 1981. Na época a banda era formada por Geddy Lee (baixo, vocais e teclado), Alex Lifeson (guitarra) e Neil Peart (bateria).
Uma característica marcante do Rush sempre foi a grande qualidade técnica de seus músicos. Exemplares em seus instrumentos, os integrantes da banda conseguem produzir canções de beleza simples ao mesmo tempo em que criam peças de uma incrível complexidade.
O álbum em questão traz sete canções, todas escritas por Peart, com músicas de Lee e Lifeson. Logo de início temos a clássica “Tom Sawyer”, talvez a mais conhecida do disco. No Brasil foi tema da abertura de “Profissão Perigo”, aquele seriado do Maguiver.
Entretanto, para além de “Tom Sawyer”, o álbum traz outras seis canções de grande qualidade. Vale chamar a atenção para “YYZ”, totalmente instrumental, onde se percebe claramente a qualidade dos músicos nas variações que proporcionam ao tema, e “The Camera Eye”, canção de mais de dez minutos mas que em momento algum se mostra cansativa. “Witch Hunt” é outro grande momento do álbum, com, talvez, a melhor letra da obra. Na verdade o álbum não apresenta momento “menor”, seguindo sempre em padrão elevado.
Mesmo para aqueles que não tem muita simpatia pelo progressivo, vale a pena ouvir “Moving Pictures” e perceber o que é um álbum bem executado tecnicamente.

>Disco da semana – Slippery When Wet

>Slippery When Wet” (1986) – Bon Jovi


Faixas:
1. “Let it Rock”
2. “You Give Love a Bad Name”
3.”Livin On a Prayer”
4.”Social Disease”
5.”Wanted Dead or Alive”
6.”Raise Your Hands”
7.”Without Love”
8.”I’d Die For You”
9.”Never Say Goodbye”
10.”Wild in the Streets”
Aproveitando que em breve o Bon Jovi passará pelo Brasil, apresentamos hoje um de seus discos: Slippery When Wet, de 1986. Nessa época a banda era formada por Jon Bon Jovi (vocais), Richie Sambora (guitarra), Alec John Such (baixo), Tico Torres (bateria) e David Bryan (teclado).
O disco representa um grande salto na carreira da banda, trazendo 4 faixas de grande sucesso: “You Give Love a Bad Name”, “Livin On a Prayer”,”Never Say Goodbye” e “Wanted Dead or Alive”, na minha opinião a melhor música que a banda já produziu. Todas se tornaram indispensáveis em qualquer apresentação ao vivo dos caras desde então.
Todas as composições são assinadas por Jon Bon Jovi quase sempre com a companhia de Sambora (exceção da faixa 10). As mesmas seguem uma linha bem definida, dando consistência ao álbum como um todo. Assim, além das faixas mais conhecidas recomenda-se uma audição do restante do trabalho.

>Disco da semana – Vamo Batê Lata

>Vamo Batê Lata” (1995) – Os Paralamas do Sucesso


Faixas:
1. “A Novidade”
2. “Dos Margaritas”
3.”Vamo Batê Lata”
4.”Alagados”
5.”Caleidoscópio”
6.”Meu Erro/Soul Sacrifice”
7.”Trac-Trac”
8.”O Rio Severino/Paraíba”
9.”Lanterna dos Afogados”
10.”Um a Um”
11.”Você/Gostava Tanto de Você”
12.”O Beco”
13.”Romance Ideal”
14.”Não Estrague o Dia/ Sol e Chuva”
Em 1995, a banda Os Paralamas do Sucesso, formada por Herbert Vianna (vocal e guitarra), Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria), lançou seu segundo álbum ao vivo, “Vamo Batê Lata”. Geralmente opto por não colocar no “disco da semana”, álbuns ao vivo ou coletâneas. As exceções ficam por conta de discos que se tornam extremamente marcantes, que trazem consigo um diferencial. Esse é o caso de “Vamo Batê Lata”.
São ao todo 14 faixas, uma seleção que contempla clássicos da banda ao longo de toda sua carreira até então. A imensa maioria destas faixas dispensa apresentação. Então faremos apenas alguns comentários.
O disco começa bem com “A Novidade”, parceria dos Paralamas com Gilberto Gil. Segue com duas faixas menos conhecidas, “Dos Margaritas” e “Vamo Batê Lata”, ótima faixa que dá nome ao disco.
“Alagados” e “Caleidoscópio”, dois grandes sucessos dos caras, vêm logo na sequência, assim como “Meu Erro” que vem acrescida de um trecho de “Soul Sacrifice” de Santana. “Trac Trac”, canção de Fito Paez e bem sucedida com os Paralamas fecha esse bloco.
O álbum segue com “O Rio Severino” que traz consigo “Paraíba”, do mestre Luiz Gonzaga. Em seguida “Lanterna dos Afogados” e “Um a Um”, pérola de Edgard Ferreira.
A faixa 11 traz “Você” de Tim Maia e “Gostava Tanto de Você” de Edson Trindade, que deveriam ter nascido assim, juntas, tamanha a perfeição com que se completam.
“O Beco” e “Romance Ideal”, mais duas faixas autorais dos Paralamas abre espaço pra “Não Estrague o Dia” de Herbert, casada com “Sol e Chuva”, de Alceu Valença.
Estas mesclas com canções de outros artistas dá um toque especial à canções já conhecidas do grupo.
Como se não bastasse o álbum ainda traz um incrível bônus. Um EP com quatro canções: “Uma Brasileira”, “Saber Amar”, “Luís Inácio” e “Esta Tarde”. Quatro excelentes canções!
Um excelente registro ao vivo somado à um bônus que com apenas 4 canções supera muitos dos discos lançados atuamente. Este é “Vamo Batê Lata”.

>Disco da semana – Thriller

>

“Thriller” (1982) – Michael Jackson

Faixas:
1.”Wanna Be Startin’ Somethin'”
2.”Baby Be Mine”
3.”The Girl is Mine”
4.”Thriller”
5.”Beat It”
6.”Billie Jean”
7.”Human Nature”
8.”P.Y.T (Pretty Young Thing)”
9.”The Lady In My Life”
Em 1982 Michael Jackson lançou “Thriller”, sucessor do bem sucedido “Off the Wall” e mudou pra sempre a história da música.
Nove canções que em conjunto provocaram um resultado incrível. Mais de 140 milhões de cópias vendidas, 7 singles, todos no top 10, e o oito prêmios Grammy no ano de 1984.
Em termos musicais “Thriller” se mostra mesmo uma obra interessante. A primeira faixa, e também a maior do álbum, “Wanna Be Startin’ Somethin'”, remete à energia de “Off theWall”. A segunda, “Baby Be Mine” soa regular, nada além disso.
Entretanto a faixa 3, “The Girl is Mine”, cantada em parceria com o ex-Beatle Paul McCartney, eleva o nível do álbum. Uma composição que fala da disputa de dois homens pelo amor de uma mulher. É possível perceber o clima divertido com que a canção foi gravada.
As faixas 4, 5 e 6, acredito, dispensam apresentação. Clássicos do repertório de Jackson, acredito que tudo já tenha sido dito sobre “Thriller”, “Beat It” e “Billie Jean”.
Após o ritmo frenético das faixas anteriores chega-se a “Human Nature”, a balada que ocupa a faixa 7. Uma das poucas canções do álbum não composta por Jackson (é de autoria de Steve Porcaro e John Bettis), a balada encaixou perfeitamente na interpretação do cantor. Curiosamente foi a última faixa acrescentada ao disco e por pouco não ficou de fora.
“P.Y.T (Pretty Young Thing)” e “The Lady In My Life” fecham o álbum com astral elevado.
Se existe alguém que ainda não ouviu este álbum inteiro, está na hora de fazê-lo.

>Disco da semana – Surrealistic Pillow

>

“Surrealistic Pillow” (1967) – Jefferson Airplane


Faixas:
1.”She Has Funny Cars”
2.”Somebody to Love”
3.”My Best Friend”
4.”Today”
5.”Comin’ Back to Me”
6.”3/5 of a Mile in 10 Seconds”
7.”D.C.B.A. -25″
8.”How Do You Feel”
9.”Embryonic Journey”
10.”White Rabbit”
11.”Plastic Fantastic Lover”
Em 1967 a banda Jefferson Airplane era formada por Marty Balin (vocais e guitarra), Grace Slick (vocais, piano, orgão), Paul Kantner (guitarra), Jorma Kaukonen (guitarra), Jack Casady (baixo), Spencer Dryden (bateria).
“Surrealistic Pillow” é o segundo album da banda de São Francisco, carregado da psicodelia que caracterizou parte da produção artística do final dos anos 60, início dos 70. Difícil destacar canções nesse álbum. Talvez as de maior sucesso como single, “Somebody to Love”, com vocais de grande força de Grace Slick, e “White Rabbit”, também com vocais de Slick, mas que chama a atenção pela letra que remete à Alice no País das Maravilhas.
O álbum é uma pequena mostra da contracultura tão viva e pungente na costa oeste dos Estados Unidos na década de 60, de onde brotariam várias outras grandes bandas.